Dez candidaturas com visão, consciência e dinâmica

António Guerreiro de Brito, presidente do júri que selecionou dez finalistas na categoria Jovens Agricultores, fala com otimismo do futuro com base em candidaturas com visões fundamentais.

O futuro do setor agrícola e florestal é risonho, segundo António Guerreiro de Brito, presidente do Instituto Superior de Agronomia. O presidente do júri que escolheu os dez nomeados para a última categoria a
revelar os finalistas, a de Jovens Agricultores, fala em preparação, sensibilidade e conhecimento do novo enquadramento do setor a nível mundial.

“Os nossos filhos, os jovens, estão a mudar. E estão a mudar aquilo que eles pensam mudar de forma muito acelerada. Essa aceleração está a colocar imensos desafios a todos nós, em toda a cadeia de valor”, contextualizou o presidente do Instituto Superior de Agronomia. “As opções individuais, como os estilos de vida, estão numa rede de transição.

Desde a preocupação com a qualidade ambiental, às preocupações com a saúde, a coesão social. Tudo isso pressiona toda a cadeia de valor e com tolerância zero, diria, para as ineficiências e se olharmos mal para os problemas”, acrescentou.

António Guerreiro de Brito ficou convencido com as candidaturas que o júri que presidiu apreciou. “Todos eles têm uma visão e uma perspetiva para a agricultura que é hoje muito diferente daquela que tínhamos antes. Creio que estes novos agricultores estão muito conscientes das escolhas dos consumidores e também da dinâmica das cadeias de valor. São muito representativos daquilo que é uma aposta neste setor que é fundamental para o nosso desenvolvimento”, explicou.

O secretário de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Rural fala noutras virtualidades das novas gerações. “Trata-se de pessoas com maior capacidade de risco, de maior inovação, com um conjunto de conhecimentos e de formação acrescido em relação ao que existia no passado”, diz Nuno Russo.

O governante lembra que “houve a introdução de novas culturas, novas técnicas e novas metodologias de trabalho e um apreciável nível tecnológico com explorações de maior dimensão e, também, com a criação de mais emprego”. Por tudo isto, António Guerreiro de Brito, presidente do Instituto Superior de Agronomia, mostra-se grato: “Gostava de dar os parabéns não só àqueles dez escolhidos, mas a todos os que estavam a concurso.” “Somos fortes em tudo. Também temos uma grande base que são os recursos naturais. Os solos, a água, os ecossistemas, a biodiversidade, a paisagem, que tem qualidade ambiental”, conclui o presidente do júri.

As dez candidaturas entre 79 finalistas

Na categoria Jovens Agricultores, são estas as dez candidaturas selecionadas: Cristóvão Ferreira, Megainvest; Fernanda Maria Neves da Costa; Filipe Carneiro, JAJ, Sociedade Agrícola; Filomena Frade, Frutomania; Manuel Pereira e Carla Vilas Boas, Vilas Boas & Pereira; Miguel Picas Pereira Rosa; Pedro Janeiro, Produção Agrícola; Ricardo Melo; Rodrigo Chaves, Baixa de Santa Iria; Xavier Chaves, Coutada do Monte do Peixoto.

Para a gala de entrega dos galardões (um vencedor e duas menções honrosas), agendada para setembro (data condicionada por eventuais alterações provocadas pela pandemia), os 79 finalistas, nas cinco categorias dos Prémios Notáveis Agro Santander, estão assim distribuídos: 11 na Inovação Tecnológica (presidente do júri: Luís Castro Henriques); 24 no Empreendedorismo (José Pedro Salema); 13 na Sustentabilidade (presidente do júri: Ana Costa Freitas); 21 na Exportação (Isabel Furtado); e as dez em Jovens Agricultores.