Poderá saber tudo sobre este tema e inclusive saber quem são os nomeados para a Categoria Agro Santander Exportação 2020, na 4ª Conversa Solta AGRO Santander Exportação, que se realiza no próximo dia 20 de fevereiro.

Estão escolhidas as 21 empresas agrícolas nomeadas na categoria Agro Santander Exportação 2020. Os critérios de seleção são da exclusiva responsabilidade do júri, cujo elemento responsável por esta categoria é Luís Castro Henriques, presidente da AICEP, Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal.

Localizada em Vila Nova de Famalicão, a ICM Pork dedica-se à desmancha e comercialização de carne de suíno. É líder nacional no setor e a maior exportadora de carne de suíno do país. A partir da sua unidade industrial saem cerca de 200 toneladas de carne por dia, dirigidas a mais de 30 mercados da Europa, América, África e Ásia. No continente asiático, o Japão é um mercado destacado. A ICM Pork foi a primeira empresa portuguesa a fornecer carne de suíno para o Japão. A empresa está integrada no Grupo Primor, uma holding com mais de meio século que conta com um vasto conjunto de empresas do setor agroalimentar.

A Ramirez é a mais antiga indústria de conservas de peixe do mundo em laboração e, simultaneamente, “a mais moderna e ecológica unidade do setor”, refere fonte da empresa. Com origens que remontam ao século XIX, mais concretamente a 1853, a Ramirez está hoje presente em mais de 50 mercados. Ramirez, Cocagne, The Queen of the Coast, Tomé, Al Fares ou La Rose são algumas das centenárias marcas que a Ramirez & C.ª (Filhos), SA produz, em Lavra – Matosinhos, na Ramirez 1853, a sua nova unidade industrial, “tida como uma das cinco melhores do setor agroalimentar mundial”. Produz mais de 60 referências, do atum às sardinhas, mas também cavala, bacalhau, lulas, pota, mexilhões ou filetes de anchova. Com 200 colaboradores, a empresa de Matosinhos produz 50 milhões de latas por ano e fatura 30 milhões. Neste ano lançou “o maior shopping digital de conservas de peixe do mundo”, (www.ramirez.pt), que visa a globalização.

A Novarroz foi fundada oficialmente em 1979, mas a atividade da família proprietária na indústria do arroz começa cerca de três décadas antes, nos anos 50, num moinho rudimentar à beira-rio. A empresa de Oliveira de Azeméis movimenta um volume de negócios da ordem dos 46 milhões de euros e tem o seu maior mercado fora de portas, exportando mais de 60% do seu volume de negócios.

A Salsicharia Limiana foi adquirida em 1994 pela família Cunha, mantendo desde então a mesma administração. A partir de duas unidades de produção, em Ponte de Lima e Famalicão, a empresa registou em 2019 a sua maior produção e faturação de sempre, com um crescimento de 16% face ao ano anterior. Um resultado que a empresa atribui a investimentos em tecnologia , feiras internacionais e recursos humanos especializados. Tem encomendas diárias para os quatro continentes. “Em 2020, o objetivo é continuar a crescer, investir em formação e em certificações internacionais.” O objetivo é passar dos 20 para os 30 destinos de exportação.

Anselmo Mendes nasceu e cresceu em Monção, tendo começado a familiarizar-se desde cedo com a cultura da vinha e a produção do vinho, em particular, com a casta Alvarinho. Em 1998, fundou a empresa com o seu nome, onze anos depois de se licenciar em Engenharia Agroindustrial pelo IST, e ter pós-graduado em Enologia. Situada em Melgaço, a empresa gera um volume de negócios de 4 milhões de euros, exportando 70% da produção para 35 países.

Dedicada à venda de ovos incubáveis e produção de pintas de um dia, a H&N Peninsular foi formada em 2012 para distribuir fêmeas da estirpe brown nick na Península Ibérica. “Nascemos com a clara vocação de compromisso com o avicultor. Fruto desse compromisso desenvolvemos um inovador sistema de venda online que permitirá aos nossos clientes comprar as fêmeas brown nick, anuncia a empresa no seu website.

Fundada na Madeira em 1945, a Friatum opera no mercado regional do peixe fresco. Apesar da insularidade, tem apostado em ser uma marca global, com clientes e parceiros em todos os continentes, bem como na proximidade com as comunidades lusófonas. Uma aposta que está a dar os seus frutos. O Grupo Vidinha, onde se integra a Friatum, é o maior exportador nacional de tunídeos, com uma quota de mercado superior a 70% e um dos líderes na comercialização do peixe-espada preto. Anualmente, a Friatum movimenta mais de 3500 toneladas/ ano de tunídeos, 1500 toneladas de peixe fino e cerca de 750 toneladas de peixe-espada preto.

Atuando no setor da nutrição animal, a Invivonsa dedica-se a um leque diversificado de animais, desde as aves aos animais domésticos, passando pelos suínos, coelhos, cavalos e ruminantes. Um dos seus recentes projetos de investigação foi o Larvamix, que consiste no desenvolvimento de uma pré-mistura de micronutrientes para otimizar as dietas para larvas de peixes marinhos. No projeto financiado pela UE participaram também a Sparos, as universidades do Porto e do Algarve e o IPMA.

As Caves Primavera foram fundadas em 1944, em Aguada de Baixo (Águeda), incluídas na região vitivinícola da Bairrada. A exportação representa cerca de 40% a 45% do volume de negócios da empresa, que vende atualmente para cerca de 20 países. As suas especialidades residem na produção de espumantes e vinhos DOC Bairrada, sendo que são também estes os produtos mais trabalhados nos mercados externos, em particular, no norte da Europa.

A Italagro pertence ao Hit Group e dedica- se à produção e transformação de tomate para a confeção de vários produtos alimentares. A empresa foi criada em 2007 e é a holding de duas fábricas, a Italagro e a FIT. Em 2012 tornou-se subsidiária da companhia japonesa Kagome. Atualmente as duas empresas, Italagro e FIT, processam mais de 340 mil toneladas de tomate por ano.

A Aggraria Lagar desenvolve desde 2016 a componente industrial de todas as empresas do Grupo Aggraria, garantindo que toda a azeitona produzida nas empresas por si geridas, numa área de mais de 7 mil hectares em Ferreira do Alentejo, é transformada em azeite “com total controlo e garantia de traçabilidade”. Embora ainda se encontre em crescimento, a Aggraria Lagar já produz mais de 9 milhões de quilos de azeite virgem extra, 80% dos quais para exportação, maioritariamente para mercados de valor acrescentado, como Itália ou Estados Unidos. A empresa foi recentemente reconhecida como PME Líder pelo IAPMEI.

É a partir de Viseu, mais concretamente do Parque Industrial de Coimbrões, que a Beira Nova opera, desde 2001, na indústria de peixe congelado e de transformação de polvo. Com um volume de produção da ordem das 300 mil toneladas/ano, a Beira Nova canaliza quase metade das suas vendas (45%) para exportação. E o destino das suas exportações são mercados tão distintos como Estados Unidos, Canadá, Angola, Moçambique, Alemanha, Luxemburgo, Suíça, Itália, Reino Unido, França ou Espanha.

Com 300 hectares de vinha e olival, na região de Beja, a Herdade da Figueirinha foi adquirida em 1998 pelo comendador Leonel Cameirinha. Hoje, sob a gestão do neto Filipe Cameirinha Ramos, une três gerações em torno da paixão pelo vinho e pelo azeite. Ao longo dos 175 hectares de olival, encontram-se as variedades Cobrançosa, Galega e Cordovil de Serpa, servidos por um novo lagar desde 2006. Mais de 80 hectares de vinho, de castas nacionais e internacionais, fazem da empresa um dos maiores exportadores de vinho nacionais.

A Gelados Globo dedica-se ao fabrico de toda a gama de gelados. Fundada em 1936, foi pioneira no setor em Portugal. Equipada com um laboratório de controlo microbiológico faz continuamente o controlo das matérias-primas, passando pelas diversas fases de fabrico até ao produto final.

A Sebol opera no mercado da recolha e da transformação de subprodutos animais, como o sangue. A empresa está integrada no Grupo ETSA, que juntou as atividades comerciais da Sebol e da ITS, concorrentes até então neste mercado. Em 2008 o grupo foi integrado na Semapa. Tendo como mercados alvo o europeu e o asiático, o grupo tem reforçado as suas exportações, que totalizaram 10 milhões de euros em 2019, representando 65% das suas vendas.

A Intripas dedica-se desde 1976 ao tratamento e comercialização de tripas naturais de origem animal para o fabrico de enchidos. Em linha com o crescimento no volume de negócios, as exportações são cada vez mais representativas para a empresa, que movimentou vendas no valor de 10,2 milhões de euros e exportações de 6,4 milhões em 2018. Espanha, Alemanha, Bulgária e Áustria estão entre os maiores mercados da empresa de Santarém.

Para além das suas marcas de referência, Bem Cozinhados, Gelo Total e GelPortugal, a Ferraz & Ferreira “está preparada para concessionar, desenvolver, produzir, comercializar e distribuir produtos pré-cozinhados ultracongelados, bem como comercializar e distribuir produtos pré-cozidos ultracongelados, nomeadamente pastéis de nata, pizas e bases para piza pré-cozidas ultracongeladas em regime de Marca Própria e 1.º Preço”.

Foi em Vila Nova de Gaia, nas margens do rio Douro, que a casa Gran Cruz se estabeleceu, sucedendo à casa Assunção e Filhos, fundada em 1887. Hoje, a casa Cruz é a marca de vinho do Porto n.º 1 a nível mundial, com dez milhões de garrafas vendidas em mais de 50 países no mundo.

Os frutos vermelhos são, desde 1997, a especialidade da Sudoberry, em plena costa sudoeste alentejana. Desde então a produção cresceu para 47 hectares de área coberta, entre morangos e framboesas. As melhorias recentes no sistema de embalamento permitem gerir até 250 paletes de fruta a qualquer momento. Com uma área total de cem hectares, a Sudoberry ainda tem margem para aumentar a produção.

A empresa com base no Algarve dedica-se à trituração de alfarroba e importação e exportação de frutos secos. Trabalha com alfarroba 100% natural e todos os seus derivados. Entre as suas outras atividades consta ainda a produção de rações para animais.

A FTPGM, no ramo da agricultura e produção animal, é também nomeada, mas não foi possível contactar em tempo útil.