Do leite ao olival, do amendoal à vinha, os jovens portugueses estão a regressar em força à agricultura. Uns continuam o legado familiar, incorporando novas competências técnicas.
Outros começam do zero, redefinindo os seus projetos de vida, atraídos pelas novas possibilidades de negócio que se abriram no setor com mais tecnologia e água disponível, nomeadamente no Alentejo. Porque afinal a agricultura já não é um negócio árido. Pelo contrário, o setor agroalimentar está em forte expansão, a crescer perto de 60% ao longo da última década e já vale cerca de 10% das exportações nacionais. Se uma parte importante dos novos empreendedores têm formação superior na área da agronomia e gestão agrícola, quem não a tem está ciente de que tem de procurar especializações e está a fazê-lo, investindo e inovando. Este bem poderia ser o perfil-tipo dos dez nomeados dos Prémios Notáveis Agro Santander na categoria Jovens Agricultores.
Mas cada caso é um caso e são essas histórias de obstáculos vencidos e sonhos cumpridos que o Santander e o Global Media Group têm destacado ao longo dos últimos meses (com interrupção no período mais crítico da pandemia), no âmbito desta iniciativa que visa distinguir os melhores empreendedores agrícolas e o seu espírito inovador.
O impulso ao empreendedorismo jovem conta também com o apoio dos fundos comunitários ao abrigo do Plano de Desenvolvimento Regional (PDR2020), que visam fomentar a renovação e o rejuvenescimento das empresas agrícolas através, por exemplo, do apoio ao investimento na aquisição de terrenos agrícolas e à primeira instalação na atividade. Em causa está igualmente a promoção da transferência de conhecimento técnico para o setor que, apesar das mudanças recentes, ainda está envelhecido.
É um processo feito de várias fases, que passa também pelo contributo do setor bancário. No caso do Santander, o banco assumiu a aposta estratégica de consolidar a sua presença no agroalimentar. Desde o lançamento dos Prémios Notáveis em abril de 2019, na Ovibeja, a iniciativa desenvolveu-se com vários debates entre agentes do setor no âmbito das Conversas Soltas, moderadas pelo jornalista Nicolau Santos, e por dossiês publicados nas páginas do DN e do JN sobre os percursos de perto de cem nomeados em variadas áreas.
O ponto alto desta edição será no início de setembro, altura em que serão conhecidos os premiados em cada uma das categorias, a saber, Inovação Tecnológica, Empreendedorismo, Sustentabilidade, Exportação e Jovens Agricultores. Os vencedores foram selecionados por um júri independente, constituído por personalidades de referência em domínios diversificados, entre a academia e as instituições com ligações ao universo empresarial.